quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Onde é que ele acaba e eu começo?

Não somos dependentes um do outro mas fazemo-nos falta.
Não somos colados mas se pudessemos passavamos os dias colados.

É assustador (na positiva, obviamente) ver que falamos com os olhos, que copiamos inconscientemente os vicios, gestões e expressões um do outro.
É assustador teres alguém do teu lado que lê as tuas entrelinhas sem que tu sequer te esforces para mostrá-las.
É assustador quando dás por ti a ouvi-lo comentar uma auditoria tua e até acertar na nota final que lhe deste. É ainda mais assustador quando abro uma noticia relativa às estrelas michelin e reconheço nomes E CARAS dos chefes portugueses que ele mais fala. 

É assustador perceber que em quase 4 anos e meio partilhamos tanto um do outro, vivemos tanto juntos, ao ponto de percebermos o ditado "não sei onde acabas tu e onde começo eu".

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