sábado, 15 de setembro de 2012

Somos um livro aberto...

Somos como um livro aberto para quem nos conhece, sabem ler as entrelinhas enquanto nós, não conseguimos ler o que está em nós. Não temos a capacidade de auto-análise necessária. 
O que significa isso? Aqui vai a explicação:
E quando o que precisamos não corresponde ao que queremos? E quando não sabemos o que fazer nem o que pensar e quem está de fora nos lê como se fossemos um livro aberto? E quando todos percebem aquilo que nós próprios não conseguimos ver nem com uma lupa, quando não conseguimos ver o óbvio, aquilo que está diante dos nossos olhos? É horrível... e é natural ao mesmo tempo. Percebemos os outros pela forma como agem: pelo rubor que cresce quando falam da paixão, pelo mudar de assunto quando estão desconfortáveis, pelo tremer quando estam nervosos. Mesmo tentando disfarçar há coisas que são fortes demais e incontroláveis, coisas involuntárias e das quais não nos apercebemos.
É engraçado como achamos que só nós é que sabemos de nós próprios, do que sentimos e das nossas escolhas, mas como os outros que nos conhecem são capazes de ler as entrelinhas que nós não conseguimos pois o espelho só nos mostra o nosso exterior e não o interior. Não somos capazes de analisar aquilo que não vemos e por isso, muitas vezes, recusamo-nos a admitir algo que os outros sabem ser verdade.
Depois, temos também as alturas em que não vemos o que se passa porque é algo que se relaciona connosco de forma muito forte, que mexe com o nosso intimo. Quem é que nunca ouviu um "Ele gosta de ti!" e não acreditou? Quem é que nunca disse "ele não olha para mim dessa forma, somos só amigos" e foi contrariado por amigos e amigas? Pois é, temos tendência a não ver o que esta á nossa frente, preto no branco. Temos tendência a tornar a nossa auto-estima muito baixa e a achar que nada de bom pode acontecer.
Pois, e é nestas alturas em que entram os amigos em acção. "Eu acho que é isto assim e assim" e o "Oh vá lá! Vê-se na tua cara! Toda a gente percebe isso menos tu!" são aquelas que nos deixam a pensar...
E foi assim, descobri a verdade! Têm razão quando dizem que te amo. Descobri isso hoje. Ou melhor, aceitei para mim mesma isso hoje. Não queria, mas é verdade... Eu amo-te. E é egoísta da minha parte fazer-te sofrer sem o saberes, quando tu fazes de tudo para que eu saiba que me amas. Mas sou complicada, complicada demais... :s E tu mereces alguém que seja simples, alguém que te diga com todas as letras o quanto precisa de ti para ser feliz, alguém que sinta um aperto no peito por estar longe de ti. Alguém que vá a correr para o teu abraço em busca de protecção, que procure o teu beijo em busca do sentimento de plenitude de um amor correspondido. Alguém que pense em ti, que viva para te fazer feliz e que fique feliz por isso.
Mas eu, eu sei que te amo. No entanto, não consigo abdicar do "eu" para construir contigo um "nós"...

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